Pós- doutora em Ciências Biológicas, Gabriela Trevisan é especializada em dor e processos inflamatórios. Sua pesquisa visa mudar a forma como olhamos para os sintomas da esclerose múltipla e os analgésicos. Entretanto, a razão pela qual ela estuda este campo vai um pouco além da ciência.
A mãe de Gabriela - Claudia Trevisan - sofre de esclerose múltipla. Para entender melhor o que sua mãe está passando, Gabriela se desafia a estudar um campo pouco conhecido na ciência e responder às perguntas sobre a doença de Claudia.
Gabriela formulou a hipótese de que a proteína TRPA1 pode estar relacionada à dor em esclerose múltipla. Para testá-la, Gabriela está usando ratos que não podem sentir dor, uma vez que eles têm uma deleção genética no receptor TRPA1.
Sua experiência consiste em aplicar radicais livres nos ratos e ver se o TRPA1 será ativado. Se ele for ativado, significa que o TRPA1 está relacionado a sintomas de esclerose múltipla.
Se Gabriela estiver certa, a maneira como tratamos os sintomas da esquisiose múltipla mudará drasticamente. Por instante, o tratamento atual usando morfina - uma droga altamente viciante - seria substituído por uma droga mais suave e eficaz ao TRPA1, como a dipirona.
Além das excelentes pesquisas, o trabalho de Gabriela é o tema do Revista Exame esta semana. Junto com outras seis pesquisadoras, Gabriela ganhou o prêmio "To Women in Science". L'Oreal, Unesco e a Academia Brasileira de Ciências concederam a cada uma delas uma bolsa de 50 mil reais - perto de 16 mil dólares - para continuar seu trabalho.
É uma quantia de dinheiro para estudos tão brilhantes. No entanto, nem todos os pesquisadores terão a mesma oportunidade. Gabriela aponta que a maioria dos investimentos para estudos científicos no Brasil vem do governo brasileiro. Em sua opinião, a indústria também deveria fazer parte do progresso da ciência e do diálogo com a ciência para pensarmos juntos sobre novas descobertas.
Para explicar um pouco de sua pesquisa de uma forma mais visual, Gabriela fez o seguinte resumo gráfico:
"Eu uso o Mind the Graph como uma nova maneira de interagir com a pesquisa científica e a ciência!
É fácil e rápido criar infografias e figuras que se comuniquem com outros pesquisadores e com o público em geral. Como eu não tinha conhecimento de softwares gráficos, sempre achei difícil criar minhas próprias figuras. Assim que tive a oportunidade de usar o Mind the Graph, percebi que tudo isso poderia ser muito fácil e rápido.
Desenvolver uma pesquisa pode ser complicado, mas devemos tentar nos comunicar com outras pessoas para trocar idéias. Além disso, devemos tentar explicar o que fazemos em apenas algumas palavras.
A plataforma traz modelos infográficos e ilustrações que aceleram o processo de construção de seu próprio infográfico. Eu certamente continuarei usando o Mind the Graph para meus próximos projetos e apresentações"! - Gabriela Trevisan
E aqui está o resumo gráfico que fizemos sobre seu trabalho:
O uso de estímulos visuais na ciência está ficando mais popular a cada dia. O objetivo é simples: ajudar as pessoas a entender um determinado assunto. Você pode aprender mais sobre ele lendo nosso post "Quer ser publicado? Faça algo diferente"!.
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